terça-feira, 21 de julho de 2015

Peer Gynt de Henrik Ibsen



Está em cena até ao dia 9 de Agosto no Teatro Experimental de Cascais a peça Peer Gynt de Henrik Ibsen com encenação de Carlos Avilez. 

"Peer Gynt é uma daquelas personagens que tal como Ulisses ou Dom Quixote pertencem a um domínio maior da literatura, a sua personalidade é tão forte que sai da própria obra e ganha uma identidade própria dentro do imaginário dos leitores/espectadores. A acção atravessa toda a vida do protagonista, desde a infância à morte, uma viagem física da Noruega ao Médio Oriente, e, ao mesmo tempo, uma viagem interior pelo autoconhecimento, onde o enigmático Peer Gynt – para muitos o paradigma do anti-herói egoísta e inconsciente da consequência das suas acções – vai percorrer um mundo recheado de fantasia e desespero, tendo sempre por objectivo, seja no universo subterrâneo dos trolls ou num manicómio no Cairo, ser imperador de todo o planeta.

A peça, escrita em 1867, foi catalogada por Henrik Ibsen como um poema dramático, tão audaz e grandiosa que, segundo o próprio autor, seria impossível transpor para palco. O último século provou o contrário e Peer Gynt, hoje, mais do que um clássico, é uma obra actual, grandiosa e que mantém acesa a pergunta fundamental que o Homem ainda e sempre se colocará: quem sou eu?"


Um espetáculo avassalador que que me deixou fascinado e com vontade de repetir. Protagonizado por um jovem finalista do curso de teatro da Escola Profissional de Teatro de Cascais, que demonstra já uma capacidade promissora no mundo da representação e uma Maria Vieira que nos deixa deliciados com a sua brilhante interpretação como Aase (mãe de Peer Gynt). Um texto incrível adaptado por Miguel Graça, um trabalho de figurinos e cenários estrondoso (obra de Fernando Alvarez) que nos leva a viajar pelo mundo de Peer Gynt e uma encenação extraordinária tal como Carlos Avilez sempre nos habituou.

Até ao próximo dia 9 de Agosto, um espetáculo a não perder.

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